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quinta-feira, 29 de maio de 2014

A Regra dos 10 Anos

Por Luiza Martini, proprietária da Casa do Vinho – Famiglia Martini

Pode parecer paradoxal, mas Matt Kramer, colunista da Wine Spectator, chegou a uma conclusão interessante: a maioria dos grandes vinhos, tintos e brancos, é melhor quando consumidos quando completam 10 anos.

É dito que a maioria dos grandes vinhos fica melhor com mais de 10 anos. Com toda sua experiência, Matt afirma que eles podem facilmente chegar a 20 ou 30 anos, mas que não precisam de todo este tempo. As mudanças mais drásticas na produção de vinho começaram nos anos 70 através do professor de enologia e consultor francês Émile Peynaud. 

Os vinhos de Bordeaux até então eram extremamente tânicos e difíceis quando consumidos jovens. Nos anos 80 as mudanças tanto nos processos de produção como no cultivo já haviam alcançado praticamente todas as regiões produtoras. A consequência é que desde então os vinhos passaram a estar ‘prontos’ e maravilhosos já aos 10 anos. 

Vinhos como Bordeaux, Barolo, Brunello e Barbaresco são ótimos exemplos. A regra dos 10 anos não significa que a partir daí os vinhos começarão a declinar, longe disto. Isto só os deixa mais acessíveis antes. Ao mesmo tempo os vinhos mais modestos conseguiram ganhar longevidade. E é daí que vem o paradoxo. Enquanto os melhores vinhos ficam prontos mais rapidamente, os vinhos mais simples têm se beneficiado com algum tempo de guarda. 

Para poder aproveitar melhor da regra dos 10 anos, lembre-se de ter um local fresco para o armazenamento e seguir boas sugestões de compra. E então, quem sabe você vai ter boas surpresas ao guardar por mais alguns anos um vinho que goste e que não imaginava que seria possível e também ao arriscar tomar aquele vinho que esta na adega sob a etiqueta no tocar pelos próximos 20 anos! 

E o melhor de tudo, quantos vinhos ainda estão por ser ‘descobertos’ nas prateleiras. Aproveite!


Sugestões para tirar a prova da regra dos 10 anos:



       

Casanuova delle Cerbaie Cerbaione DOC - Supertoscano 2004

Região: Toscana/ MontalcinoUvas: 80% Sangiovese Grosso (Brunello) e 20% Merlot.Vinhedos em colina privilegiada, colheita manual.Maturação: envelhecimento em madeira por 16 meses.Denso, encorpado, com caráter de ameixa, frutas vermelhas e cereja. Com taninos finos e, belo final com um toque de couro. Profundo vermelho rubi. Intenso, frutado e redondo com notas de fruta madura. Estrutura marcante, encorpado com distinta personalidade.Harmonização: carnes vermelhas, assados, caças e queijos mais curados.Teor alcoólico: 13,5º





           Mocali 

Brunello di Montalcino DOCG 2004

Região: Toscana/MontalcinoUva: 100% Sangiovese Grosso (Brunello)Mostra groselha, frutas e flores no nariz. Encorpado, com muita fruta madura e sabor de passas. Maduro e rústico.Wine Spectator 91 pontos: “Nonariz, groselha, frutas e flores. Encorpado, com muita fruta madura e  sabores de passas. Maduro e rústico”.Wine Enthusiat 92 pontos: “Carregado com aromas de groselhas secas, cereja, cassis, terra molhada e flor azul, este Brunello reflete belamente suas raízes toscanas. Há profundidade e dimensão ao paladar”.O aroma é puro, fresco e acolhedor. Na boca, o vinho oferece belas qualidades de fruto, reforçado pelo envelhecimento nos grandes tonéis de carvalho esloveno. O vinho é muito expressivo e muito longo, mesmo nesta fase inicial, com taninos muito finos, em um final incrivelmente elegante.Harmonização: Ideal com carnes assadas, guisados, carnes selvagens, e queijos curados.Teor alcoólico: 13,5°



Felix Callejo Viñedos de la Familia DO 2004

Região: Ribera del DueroUva: Tempranillo.Robert Parker 96 pontos: “De opaca cor púrpura este vinho é notável, ligeiramente exótico. Bouquet de madeira defumada, torrada, alcatrão, couro, violetas, mirtilos e licor de amora negra. Tudo isso leva a um vinho encorpado, opulento, complexo com muita fruta madura, tanino aveludado e uma excepcional longevidade. Evolui por 5 a 7 anos na garrafa e poderá ser apreciado até 2030”.Harmonização: presuntos Pata Negra, queijos curados, pratos à base de carne de cordeiro.Teor alcoólico: 14°



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