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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Diário de um passeio inesquecível pelo Douro

Por Luiza Martini, sócia e proprietária da Casa do Vinho – Famiglia Martini


Douro visto do Miradouro São Leonardo da Galafura


1° dia

É impressionante a beleza única deste lugar. Suas montanhas, em grande parte esculpidas pelo homem, criam grafismos maravilhosos na paisagem. Sem falar, é claro, do lindo rio Douro.


Meu passeio não foi apenas para apreciar a bela paisagem do local, mas também para acompanhar mais de perto o trabalho nas vinhas e adegas. Poder conhecer os produtores e enólogos e a filosofia por trás de cada vinho foi muito especial, além de um grande aprendizado. Passamos a valorizar ainda mais este néctar que nos proporciona tanto prazer.


Meu primeiro ponto de parada foi na Quinta do Tedo. Em localização privilegiada pela beleza natural onde os rios Tedo e Douro se encontram. Em seus sítios podemos encontrar duas das demarcações de Denominação de Origem feitas pelo Marquês de Pombal entre 1755 e 1761. 

Curiosidade: você sabia que as denominações de origem feitas pelo Marquês de Pombal no Douro foram as primeiras do mundo? Para os que quiserem aproveitar ainda mais, a Quinta do Tedo hoje conta com o Projeto “Wine and Sleep” e possui uma pousada com 5 quartos na própria quinta. Um charme!


Vista da Quinta do Tedo
A visita começou com um tour pelas instalações. A Quinta do Tedo é pequena e trabalha de forma artesanal com a clássica pisa de pé em lagares. O processo é árduo com pisas durante 3 a 4 horas por dia, durante alguns dias. Dali, o mosto segue para os tanques de onde é feita a adição de aguardente vínica (no caso dos vinhos do Porto) ou para os tanques de inox para a fermentação dos vinhos Tranquilos (DOC). As instalações são muito bem cuidadas, mas devido à demanda de espaço para o envelhecimento dos vinhos, já existe um projeto de construção de uma cave subterrânea, a primeira do Douro. 

Para finalizar, uma deliciosa degustação dos incríveis vinhos da Quinta do Tedo, incluindo os DOCs Colheita e Grande Reserva Savedra (feito de vinhas velhas e com mais de 20 variedades de castas) e os Portos Rosé, Tawny 10 e 20 anos finalizando com um Vintage 2011.  Para apreciador nenhum botar defeito!

Acompanhados por Jorge, enólogo e responsável pela Quinta do Tedo, fomos ao delicioso e renomado restaurante DOC. Almoço e companhia incríveis! Obrigada pelo carinho, Jorge.

Depois de um dia intenso e maravilhoso, um pequeno descanso antes do jantar no transado restaurante Castas e Pratos na estação de trem do Peso da Régua. Tudo muito gostoso, além de uma carta de vinhos portugueses fantástica!

2 ° dia

Não poderia imaginar, nem em sonho, quanta surpresa este dia nos reservaria. Pedro Sequeira, um dos enólogos da 2PR e das quintas do grupo DFE (Douro Family Estates), foi nos buscar no hotel para visitar a Quinta dos Poços. Maria Luísa, a filha do casal proprietário da quinta, veio de Porto exclusivamente para nos receber. Assim como Maria Luísa, João Carvalho (responsável pela área de marketing, logística, exportação e relações do grupo) também veio nos acompanhar.


Quinta dos Poços - Pedro Sequeira, João Carvalho, 
Luiza Martini e Maria Luísa

Passeamos pelas vinhas, galpões de vinificação e adegas, sempre com Pedro nos orientando com as explicações de cada parte do processo. A Quinta dos Poços utiliza pisa de pé em lagares e, apesar de ter sido adquirida a 25 anos por José Manuel e Maria Luísa, mantém a tradição de suas origens que remontam há 300 anos. Sua história é preservada com carinho pela família. O almoço tradicional, caldo, feijoada e muuuitos doces caseiros, na antiga casa de 300 anos em companhias tão especiais foi uma experiência ímpar. E o melhor, tudo isso harmonizado com os deliciosos vinhos da Quinta dos Poços. Para encerrar, mais um pouquinho de tradição, tomar o vinho do porto da quinta, produzido exclusivamente para consumo com amigos, foi demais!
Passeio de Veleiro pelo Douro

Mas, o dia não acabou por aí. João nos preparou uma surpresa muito especial. Um passeio romântico em um veleiro pelo Douro. Eu e meu marido numa cena de cinema! Um barco, um balde de gelo com dois maravilhosos vinhos brancos da Quinta das Bajancas e com trilha sonora de Nina Simone. Para nunca mais esquecer!!!! Obrigada João e família DFE por nos proporcionar um passeio tão especial! 

(para quem ficou inspirado e planeja uma viagem pelo Douro: www.animadurius.pt).



Para fechar o dia, um jantar em companhia de João e Filipa (outra enóloga do grupo) num restaurante tradicional harmonizando comidas deliciosas com os maravilhosos vinhos da Quinta do Soque. E, claro, uma parada para um porto/tônica.
Que dia!

3° dia

A manhã começou com João nos buscando para visitarmos a Brites Aguiar. O passeio pela região do Cima Corgo, por si só, já é maravilhoso, mas rodar pelas vinhas da Brites é simplesmente incrível! Fomos recebidos por Tomi, proprietário da quinta. Foi ele quem nos levou de carro pelas estradinhas internas que são uma aventura! Dá para entender um pouco porque dali saem vinhos tão especiais. 

Os terrenos são de difícil acesso e todo trabalho tem que ser manual. A dificuldade se reflete no tempo necessário para a colheita de 40 hectares, 30 dias! E foi por causa desta demora que ‘aconteceu’ o Bafarela 17. Um raro vinho com 17% de álcool, de forma natural, e que só é produzido sob condições climáticas perfeitas. Estar nas vinhas deste vinho icônico foi mágico!


Brites Aguiar - vinhedo do Bafarela 17 - Tomi, Luiza e João Carvalho
De lá saímos em uma nova aventura. Desta vez, a bordo de um Renault 4L dos anos  80, destes que parece que saíram das telas de filmes antigos. Sensacional! A caminho da casa de Antônio Lamas, proprietário da Quinta das Bajancas, passamos por Trevões. Uma linda aldeia vinhateira que merece visita. Antônio nos recebeu em sua casa, na companhia da família e também de Filipa para um almoço especial preparado por sua esposa. Quanto carinho para nos receber. Comida deliciosa e os vinhos incríveis das Bajancas. Perfeito!

Bajancas - Sra e Sr. Antônio Lamas, Filipa, Aurea (neta),
Luiza e Marcelo (meu marido)
De lá partimos para vista às vinhas das Bajancas. O trabalho cuidadoso de Antônio se reflete em suas tão bem cuidadas vinhas. Até aprendi a podar os ‘ladrões’, foi uma aula! Fomos também à sua adega e pudemos experimentar um futuro Vinha do Corvo ainda nas barricas. Que experiência fantástica!

Quinta do Soque - vinhas velhas
No caminho de volta, uma parada para conhecer as vinhas e instalações da Quinta do Soque, agora sob a supervisão de Filipa. Destaque para as vinhas velhas com seus troncos grossos e retorcidos. 


Mas, o dia ainda não acabou. Para encerrar esta viagem incrível com chave de ouro, um jantar muito especial no famoso DOC. A Família DFE veio nos receber nesta despedida. D. Maria Luiza e Dr. Guimarães vieram diretamente de Porto, Antônio Rosas, também enólogo da 2PR e da DFE veio de Braga acompanhado da esposa e da filha, Tomi e a namorada, que também veio de Porto para o jantar, além de Filipa e, claro, nosso companheiro de todos os dias, João Carvalho. Tudo foi muito além de maravilhoso. Menu especialmente escolhido para acompanhar os vinhos DFE (Classic, Premium e Signature) e Brites Aguiar (Bafarela grande Reserva e Brites Aguiar). E para finalizar o Porto Tawny 40 anos da Brites, daqueles feitos para os amigos... Quanta honra!

Aos amigos da Douro Family Estates, meu muito obrigada e carinho eterno. Vocês são incríveis!


+ algumas dicas para quem animar de fazer uma viagem pelo Douro
Rode muito de carro. Vá até a região do Douro superior para conhecer a parte mais alta. Aproveite para apreciar a vista do Miradouro São Salvador do Mundo em São João da Pesqueira. Para visitar as adegas do grupo DFE, entre em contato conosco que teremos o maior prazer e fazer a ponte com João Carvalho.
Em Peso da Régua não deixe e visitar o Miradouro São Leonardo da Galafura. É imperdível!

No mais, boa viagem!!!!

Para saborear os deliciosos vinhos destes produtores incríveis, clique:



     
 



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