Desculpem demorar tanto para publicar minhas notas da
Vinitaly, mas tentar colocar oito horas de trabalho em algumas linhas dá
trabalho, quatro dias intensos então, nem se fala. Por isso resolvi dividir
minha experiência na Vinitaly em capítulos, um para cada dia. Espero que dê
para passar ao menos uma noção do que é esta feira espetacular.
O
primeiro dia começou cedo. Nossa primeira visita foi ao stand da Mocali,
produtor de Brunellos maravilhosos e reconhecidos internacionalmente, com
pontuações expressivas na Wine Spectator (91 a 96 pts).
Além dos Brunellos e Rossos, a Mocali também produz deliciosos vinhos na
região da Maremma. Fora os Brunellos, cujas safras experimentadas foram 2007 e
2006 (para os reserva), os vinhos degustados foram todos da safra 2010, que se
mostram bastante concentrados, ainda jovens, mas muito equilibrados. Destaque
para o Rosso Toscano I Piaggioni, que mais uma vez nos encantou com sua
estrutura, cereja negra e acidez equilibrada. Sempre uma excelente relação
entre o preço e o prazer que tem para oferecer. Entre os Brunellos o destaque
especial fica com o Riserva 2006 que estava simplesmente sensacional, intenso,
elegante, muito equilibrado e com seus taninos vivos, porém muito bem integrados.
Um clássico!
Armando e Luiza Martini com Angela Velenosi |
Nossa
segunda parada foi na Velenosi, produtora que esteve presente nos
eventos que o Gambero Rosso realizou em São Paulo e no Rio no final deste abril.
Provamos uma boa seleção de seus vinhos e como sempre o Brecciarolo é um
clássico, estava muito bom, a safra 2009 exibia um frutado exuberante, estava
fresco e muito elegante. Dos brancos, destaque especial para o Rêve 2010. Na
linha top, o 3 Bicchieri Roggio Del Filare 2008, frutado e intenso e para o
moderno Ludi 2008, encorpado e bem macio na boca. Uma novidade muito
interessante foi o vinho de sobremesa Visciole 2011 Selection, um blend de
vinho Lacrima di Morro com licor de cereja, elegante, macio e fácil de beber.
Ainda melhor quando acompanhado por um chocolate com cereja.
Parada
também no produtor da Calábria Zito. Seus vinhos, além de muito interessantes e
exuberantes, são cheios de hist
ória, como o Ciro Krimisa que nas Olimpidas de
Atenas em 2004 foi oferecido aos ganhadores da medalha de ouro para resgatar
uma tradição de mais de 2.000 anos.
Armando Martini com Stefania (Ronchi San Giuseppe) |
Fomos
conferir também os refrescantes vinhos do Friuli através do produtor Ronchi San
Giuseppe e nos deliciar com o frescor do Pinot Griggio 2011, a acidez
refrescante
do Sauvignon 2011 e a exuberância do pouco conhecido Schioppettino 2010.
De
volta ao Marche, parada no Fausti para apreciar a intensidade do seu Syrah Per
Domencio 2007 e a complexidade do Vespro 2008.
Última
parada do dia, o La Rasina,
produtor da Toscana. Como sempre, seu Rosso Toscano estava muito fácil de beber
e muito agradável. O destaque ficou com o Rosso di Montalcino 2010, elegante,
intenso e com ótima acidez.
Por: Luiza Martini
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