Já vimos que a harmonização pode ser feita pelo equilíbrio das estruturas e pelo ajuste das sensações. Hoje vamos ver que ela pode ir além, realçando, ao mesmo tempo, o vinho e a comida.
Ou seja, ambos serão melhores quando experimentados juntos, elevando a experiência enogastronômica. Não é por menos que esta é a parte mais difícil.
Um caminho mais curto para atingir este nível é lembrar de alguns conceitos na hora da escolha do vinho.
- Tradição: as combinações clássicas, como champagne e caviar - já citada anteriormente -, cordeiro assado com bordeaux, parmigiano com amarone, ostras com chablis, entre outras, são um curto caminho para acertar, pois elas representam um grande histórico de experimentação.
- Regionalismo: seguindo a mesma premissa do realce pela tradição, associar um prato e um vinho de uma mesma região também é optar por combinações consagradas, como boeuf bourguignone com borgonha tinto (Borgonha), brasato ao barolo com barolo (Piemonte), gaspacho andaluz com manzanilla (Andaluzia) etc.
- Lógica: na ausência de uma combinação clássica ou regional, é preciso usar os princípios de harmonização, visto no post anterior. Não é tão fácil atingir o realce, mas é um jogo prazeroso.
- Fatores externos: um momento especial pode tornar um prato e um vinho uma combinação sensacional, que vai gerar ótimas lembranças. O clima mais frio pede um vinho com maior teor alcóolico. No verão brasileiro, uma boa pedida é tomar um espumante ou um vinho branco bem refrescante à beira da piscina. Tudo isso é muito subjetivo, mas aqui vale a ressalva: o realce virá da experiência vivida!
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