O atual modelo de classificação que costumamos encontrar nos vinhos europeus tem por base o modelo francês de AOC (exceto Alemanha) e foi criado na década de 1930 para inibir adulterações e misturas nos vinhos franceses. A regulamentação estipula delimitação geográfica dos vinhedos, regras quanto às variedades de uvas permitidas, formas de poda e condução das videiras, além de teor alcoólico mínimo.
Até o final de 2011 estará implantada uma modificação nas categorias de vinhos com intenção de unificar as denominações na União Européia.
Só existirão 2 categorias:
A primeira, sem indicação geográfica, que, no caso francês são chamados Vin de France Esta englobará os Vins de Table (vinhos de mesa) que agora virão com informação no rótulo de que são produzidos na França, nome do produtor; safra e variedade de uva (antes proibidos).
A segunda categoria abrangerá os vinhos com indicação geográfica e subdivide-se em dois grupos:
- IGP – Indication Geographique Protegée: compreende aos vinhos regionais classificados como Vin de Pays (vinhos reginais) e vinhos cuja qualidade e reputação sejam atribuídas à região de origem. Sua produção (ao menos 85% das uvas viníferas) deve ocorrer nos limites geográficos da região de origem.
- AOP – Apellation d’Origine Protegée: corresponde aos vinhos da então AOC (Apellation d’Origine Controlée) cujas características são específicas e exclusivas da região de origem; sua produção dentro dos limites geográficos da região com a integralidade de suas uvas viníferas.
Também a categoria dos vinhos VDQS será extinta e se enquadrarão na AOP ou na IGP. Os classificados como comunais ou “crus” na França ou superiores em outros países como DOCG na Itália ou DOC na Espanha não sofrerão mudança na nomenclatura mas, pertencerão oficialmente na categoria AOP.
É possível produzir vinhos de qualidade superior à dos vinhos das AOP sem estar nessa categoria como no caso dos “supertoscanos” que, produzidos com uvas francesas não se adequavam à lei italiana dos DOCs. Assim os vinhos foram classificados como Vino da Tavola, nível mais simples da classificação geográfica. Por isso, em 1970, criou-se o termo informal “supertoscanos”. Só posteriormente conseguiram enquadrar-se em classificações superiores. As classificações regionais são importantes para identificar certa uniformidade de estilo de vinho, mas o perfil do produtor também é muito importante para indicar a sua qualidade.
É bom lembrar que no Novo Mundo não há uma regulamentação sobre métodos de cultivo e produção, nem avaliação e aprovação por bancas de degustadores como na Europa o que torna sua classificação mais elástica e maleável.
fonte: Revista Divino ed.14 ano III
Região: Chateauneuf-du-Pape/ Rhône/ França. Uvas: 65%Grenache, 15%Mourvedre, 18%Syrah, Cinsault e Counoise. De um envolvente nariz de frutas escuras e vermelhas maduras, madeira e pimenta. Cor púrpura escura. Denso, opulento, com textura untuosa. Puro e concentrado, com profundidade no paladar. Potente, mas redondo e equilibrado. Wine Spectator: 92 pt. Robert Parker: “uma mistura de ervas provençais com carnes assadas, geléias de cereja e algum defumado, regaliz e incenso. Denso, rico, final pronunciado, mais longo e fresco que o 2004”.
fonte: Revista Divino ed.14 ano III
Domaine des Sénéchaux Chateauneuf-du-Pape 2005

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