O trabalho de educação enológica seguiu seu
curso na década de 1990. As informações sobre os vinhos continuavam vindo
direto da fonte, seja através dos produtores, revistas internacionais ou feiras
internacionais que a família Martini passou a frequentar anualmente.
Nessa década
a mais famosa feira era a Vinexpo, em Bordeaux. A França era ainda o centro do
Mundo do Vinho.
Em meados da década de 90 já é possível notar a maior
familiaridade dos enófilos com o vinho. Começam a desaparecer os
anúncios redundantes do tipo “Champagne francês” e dá-se destaque aos nomes das
vinícolas, que já se tornavam conhecidos.
Também nessa década o portfólio da importadora
deu vários saltos quantitativos e qualitativos. Dos poucos rótulos de importação
própria, cerca de 120 passaram a compor a carta, com vinhos da Itália, França e
Alemanha.
Viagens ao Chile e Argentina passaram a fazer parte da programação e esses países começaram a fazer parte do portfólio da empresa. O consumo de vinhos argentinos e chilenos cresceu drasticamente nos anos 90.
Viagens ao Chile e Argentina passaram a fazer parte da programação e esses países começaram a fazer parte do portfólio da empresa. O consumo de vinhos argentinos e chilenos cresceu drasticamente nos anos 90.
Em 1997 a feira internacional Vinitaly começa
a ganhar mais relevância e nos anos 2000 passa a ser a mais importante feira de
vinhos mundial. Isso demonstra que o cenário mundial de vinhos está mudando e
que a França já não está sozinha.
Ganham destaque na publicação as dicas de viagens.
Conhecendo já muito bem diversos países, Dona Vera e sua filha Luiza, que agora
ajuda a manter a publicação, passam a dedicar-se também a orientar os clientes
que vão degustar in loco os vinhos da importadora. Também a gastronomia passa a
fazer parte da publicação, que agora trás receitas de chefs e clientes.
Também começa a era dos críticos de
vinho, que ganham cada vez mais importância. A essa altura as revistas de
vinhos internacionais já detém fama e já surgiram revistas brasileiras sobre
gastronomia e vinho.
Os brasileiros passam a ter mais contato com o hedonismo e a boa
mesa ganha cada vez mais valor. O vinho passa a ficar mais barato, há
mais importadores, mais informações e mais acesso à bebida.
No final da década o Prosseco estoura. A Casa do Vinho já
importava há alguns anos a bebida que viria a se tornar muito conhecida e
consumida pelos brasileiros. Nota-se que o paladar mudou bastante em
uma década. Já há ofertas de vinhos de diversos países e os brasileiros estão
se arriscando a provar novos sabores. Os vinhos italianos passam a ser
conhecidos e apreciados em boa parte graças ao trabalho da Casa do Vinho.
Surge a internet de forma mais acessível e em 1998 o site da
Casa do vinho vai ao ar.
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