Normalmente os vinhos doces são a surpresa da noite, o grande encerramento de um jantar. Eles podem ir além de um acompanhamento, podem ser a própria sobremesa!
A doçura dominante destes vinhos provém parcialmente do açúcar residual (não fermentado). Outra substância doce contida nos vinhos de sobremesa é o próprio álcool. O doce e o álcool em maiores proporções adormecem as papilas gustativas. Por isso, é muito importante que um vinho doce tenha também uma boa acidez, principalmente se estiver pensando em usá-lo em harmonizações. O grande segredo de um bom vinho de sobremesa é manter o equilíbrio entre acidez e doçura.
A doçura do vinho doce deve ser complementada pelo prato. O sal contrasta muito bem com o açúcar e o resultado pode ser a deliciosa combinação com queijos fortes e salgados como os queijos azuis. Alguns vinhos doces chegam a harmonizar até mesmo com pratos salgados e gordurosos, o caso mais clássico é a harmonização de Sauternes e foie gras.
Existem vários tipos de vinhos doces, licorosos e fortificados. São vinhos de elaboração mais complexa e frequentemente podem receber adições de álcool vínico.
O Vinho do Porto é o mais famoso dos fortificados e existe em versões que vão do branco seco ao tinto doce, passando pelo oxidado. Em seguida vem o Jerez (Xeres) que tem ainda mais variedades que o Porto. O Jerez é feito sempre a partir de uvas brancas e vai do Fino Seco aos cremosos super doces.
Alguns vinhos licorosos além de usados como digestivos, são também muito conhecidos na culinária, caso do Marsala e do Madeira. Os vinhos fortificados são produzidos a partir da adição de álcool vínico e sua alcoolicidade pode superar 20%, por isso é melhor consumir com moderação.
Já os vinhos de colheita tardia são obtidos a partir de uvas com elevada concentração de açúcar, podendo ser passificadas, sobrematuradas ou botrytizadas. Entre eles podemos citar os Sauternes, Passitos, Icewines, alguns Vinhos Santos italianos e os Moscatéis.
Seja qual for o seu gosto, e menu do seu jantar, tenha sempre um bom vinho doce para proporcionar um gran finalle. Aproveite!
La Dolce Vita Sauternes 2001
Região Sauternes/França.Uvas: a suavidade da Semillon 90%, o nervo da Sauvignon 10% e pequena porção de Muscadelle. Cachos de uvas colhidos 1 a 1 durante 2 meses, com 6 a 7 passadas. 30 meses de barril. Vinho levemente filtrado para manter seu fruto, sua riqueza e complexidade. Vinho top da linha Clos Dady. Doce, com aromas complexos mel, geléia, e frutos exóticos. Ataque pleno e saboroso na boca com bela untuosidade. Rico frutado. Finesse e equilíbrio.
“Um vinho de celebração, irresistível, viril”.
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