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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Vinhos Doces e Licorosos, o Grand Finalle

Por Luiza Martini, proprietária da Casa do Vinho – Famiglia Martini

Normalmente os vinhos doces são a surpresa da noite, o grande encerramento de um jantar. Eles podem ir além de um acompanhamento, podem ser a própria sobremesa!

A doçura dominante destes vinhos provém parcialmente do açúcar residual (não fermentado). Outra substância doce contida nos vinhos de sobremesa é o próprio álcool. O doce e o álcool em maiores proporções adormecem as papilas gustativas. Por isso, é muito importante que um vinho doce tenha também uma boa acidez, principalmente se estiver pensando em usá-lo em harmonizações. O grande segredo de um bom vinho de sobremesa é manter o equilíbrio entre acidez e doçura. 

A doçura do vinho doce deve ser complementada pelo prato. O sal contrasta muito bem com o açúcar e o resultado pode ser a deliciosa combinação com queijos fortes e salgados como os queijos azuis. Alguns vinhos doces chegam a harmonizar até mesmo com pratos salgados e gordurosos, o caso mais clássico é a harmonização de Sauternes e foie gras.

Existem vários tipos de vinhos doces, licorosos e fortificados. São vinhos de elaboração mais complexa e frequentemente podem receber adições de álcool vínico.

O Vinho do Porto é o mais famoso dos fortificados e existe em versões que vão do branco seco ao tinto doce, passando pelo oxidado. Em seguida vem o Jerez (Xeres) que tem ainda mais variedades que o Porto. E o Madeira, com suas variações que vão do seco, passando pelo meio-seco, meio-doce até chegar ao doce. Os vinhos fortificados são produzidos a partir da adição de álcool vínico e sua alcoolicidade pode superar 20%, por isso é melhor consumir com moderação.
Já os vinhos de colheita tardia são obtidos a partir de uvas com elevada concentração de açúcar, podendo ser passificadas, sobrematuradas ou botrytizadas. Entre eles podemos citar os Sauternes, Passitos, Icewines,  alguns Vinhos Santos italianos e os Moscatéis. Seja qual for o seu gosto, e menu do seu jantar, tenha sempre um bom vinho doce para proporcionar umgran finalle.

Como a Páscoa está chegando, a hora não poderia ser mais apropriada para este news. É possível harmonizar vinho e chocolate? Podemos dizer que muitas harmonizações dão errado porque o chocolate e o vinho acabam brigando pelo mesmo ‘espaço’ no paladar, mas felizmente algumas dão certo...e como!!!

Uma super dica pra quem quer experimentar um vinho diferente, perfeito para harmonizar com chocolate principalmente os com mais cacau: Visciole.

Visciole, um vinho de sobremesa apaixonante, intrigante e tentador, com certeza diferente de tudo que você já tomou!
No passado, vinho de cereja ácida era usado para deixar mais prazerosos os vinhos robustos e tânicos. Posteriormente este vinho foi considerado como um vinho feminino, com seu aroma e maciez. Hoje é considerado como um vinho de meditação, para ser saboreado na companhia de alguém, redescobrindo gostos perdidos. 

A tradição da região do Marche de aromatizar vinho vem desde a idade média, através da sabedoria dos agricultores, e sobreviveu até hoje. 

                                    O ingrediente básico para vino di
visciole é cereja ácida (visciola), uma espécie de cereja selvagem antiga, ligeiramente ácida e de cor vermelho escuro. Com base na receita tradicional, cerejas ácidas são colhidas e deixadas de molho no açúcar, algumas inteiras e outras esmagadas. 

Este produto é então decantado por alguns dias e finalmente filtrado, resultando num xarope com uma alta concentração de açúcar, quando é então misturado com vinho Lacrima de Morro d’Alba. Isso desencadeia um processo de refermentação, combinando as duas identidades diferentes (vinho e calda). A fermentação interrompe quando um teor alcoólico atinge 14% e o açúcar residual torna este produto extremamente agradável.





Velenosi Visciole

Região: Marche/Itália. Uva: Lacrima di Morro d’Alba + licor de cerejas ácidas. Bouquet intensamente prazeroso. Sensuais e persistentes morangos, framboesa, frutos silvestres maduros, aromas de compotas, pêssego e pêra madura. Muito macio na boca, altamente persistente sem perder o frescor. Fascinante, bom corpo, bom sabor e acidez, bem equilibrado. Estimula seu paladar, notas de frutos silvestres frescos e maduros, flores, mirtilo, cerejas. Imperdível quando acompanhado de bombom de cereja.


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